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Vereador Jorge de Dema exige explicações sobre mortes e falhas no atendimento materno-infantil na Santa Casa de Santo Antônio de Jesus

A manifestação foi motivada pelo relato do cidadão João Guilherme, que utilizou a tribuna livre para denunciar complicações graves sofridas por sua esposa, a senhora Simeia, após atendimento hospitalar.

15/04/2025 às 22h46
Por: Redação Fonte: Blog do Valente
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Foto: Reprodução / Vídeo
Foto: Reprodução / Vídeo

Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Santo Antônio de Jesus, realizada na noite desta segunda-feira (14), o vereador Jorge de Dema expressou preocupação com o aumento no número de óbitos maternos e neonatais registrados na Santa Casa de Misericórdia do município. A manifestação foi motivada pelo relato do cidadão João Guilherme, que utilizou a tribuna livre para denunciar complicações graves sofridas por sua esposa, a senhora Simeia, após atendimento hospitalar.

O parlamentar, que também atua na área da saúde, questionou a falta de informações prestadas pelo hospital aos familiares dos pacientes e mencionou que, segundo dados da Vigilância Epidemiológica Municipal, foram registrados 14 óbitos fetais e neonatais nos últimos seis meses no Hospital Luiz Argolo — número superior à média nacional de 30 casos por ano. Já a Vigilância Epidemiológica Estadual aponta 18 mortes no mesmo período.

Além do caso de Simeia, Jorge de Dema citou outros episódios similares envolvendo moradoras das zonas rural e urbana da região, como as senhoras Sirlênia, Fernanda e Maiane, que enfrentaram atrasos ou complicações no atendimento. “Será que existe alguma negligência, imprudência ou imperícia? Precisamos de esclarecimentos”, afirmou o vereador.

O edil também alertou para possíveis consequências permanentes, tanto para as mães quanto para os recém-nascidos, e destacou estudos que apontam uma possível relação entre sofrimento fetal e o desenvolvimento de autismo. Ele questionou a ausência de uma UTI neonatal na unidade hospitalar, apesar da Santa Casa ser referência regional em atendimento materno-infantil.

“Se temos um centro de referência, por que essas crianças ainda morrem na emergência?”, questionou. Jorge ainda mencionou a rede Aline, iniciativa do Ministério da Saúde para a assistência materno-infantil, que, segundo ele, ainda não funciona plenamente na unidade hospitalar baiana, onde recebe o nome de Mãe Bahia.

Por fim, o vereador anunciou que, junto aos parlamentares Cristiano Sena e Cosme Barbosa, irá protocolar um pedido formal de esclarecimentos à direção da Santa Casa de Misericórdia

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