Os banhistas que frequentam as praias da capital baiana devem ficar ainda mais atentos às caravelas. Até o final de setembro deste ano, foram registrados 90 casos de queimaduras por por meio deste animal, um aumento expressivo em comparação aos 16 casos de 2023, de acordo com dados da Salvamar.
Por conta da subnotificação, esse número pode ser ainda maior, mas já representa um aumento de 462%. Os motivos para esse crescimento estão relacionados às condições meteorológicas de Salvador. O mestre em zoologia Henrique Santos detalha isso: “as caravelas possuem uma parte exposta ao ar (flutuador) que fica muito vulnerável à ação dos ventos. A entrada de ventos mais fortes e constantes transportam esses animais de forma mais rápida no oceano”.
As águas quentes do litoral baiano também contribuem para o aumento das caravelas. “Outro fator é o período reprodutivo que se dá geralmente entre agosto e outubro, principalmente em águas quentes. Pode-se observar que nesses meses aparecem muitas caravelas, mas de pequeno tamanho”.
Em casos de queimadura por caravelas, é fundamental evitar esfregar a área afetada, pois as células urticantes que ainda não liberaram a toxina podem se romper, agravando a lesão. A recomendação é lavar o local com água do próprio mar, uma vez que essa medida ajuda a remover as células sem ativá-las. Em caso de dor persistente e agravamento da queimadura, o ideal é procurar atendimento médico.
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