Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador, já registrou oito casos da Mpox, anteriormente denominada varíola dos macacos, este ano. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), somados até o dia 12 de agosto. Um documento divulgado pela pasta indica ainda o registro de 11 casos em cidades da região: 4 em Conceição do Almeida, 4 em Santo Antônio de Jesus, 1 em Mutuípe, 1 em Conceição do Coité e 1 em Conceição do Jacuípe.
Os números em todo o estado foram divulgados após um alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
A doença, que ficou popularmente conhecida como varíola dos macacos, é transmitida a humanos a partir de um vírus que circula entre animais, o monkeypox, que pertence à mesma família e gênero da varíola humana.
Em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia em Feira de Santana, a médica infectologista Melissa Falcão explicou sobre os principais sintomas e as recomendações para a prevenção.
"Febre, gânglios aumentados, dores na cabeça e no corpo e lesões na pele, que são bem características e possuem um tamanho maior", pontua. Ainda segundo a infectologista, qualquer pessoa que tiver contato com alguém com Mpox confirmada, precisa observar os sintomas até três semanas após o contato.
Para evitar a transmissão da doença, a orientação para o uso de preservativo nas relações sexuais e atenção para que trabalha diretamente ou tem contato com pessoas com lesões de pele, ou ferimentos suspeitos da doença.
Durante a entrevista, a médica fez um alerta para pessoas que trabalham em hotéis, pousadas e motéis, ambientes com alta rotatividade. "É importante que quem tenha contato direto lençóis, toalhas, usem máscaras e luvas durante o procedimento para evitar a contaminação".
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 38 casos de MPox foram confirmados no estado este ano. Apesar do alerta da OMS, a situação é considerada como dentro da normalidade pelas autoridades da vigilância epidemiológica.
"A gente tem um monitoramento muito de perto e tivemos entre maio até agosto quase 100 dias sem notificação", pontua a coordenadora de doenças e agravos transmissíveis da Sesab, Eleuzina Falcão, em entrevista à TV Subaé.
O primeiro caso de MPox na Bahia foi confirmado em julho de 2022. Desde então, mais de 3.100 casos suspeitos foram notificados. Destes, 215 foram confirmados.
Entre 2022 a 2024, o Brasil registrou quase 12 mil casos confirmados e 366 casos prováveis de Mpox. É o que mostram os dados do Ministério da Saúde. Há ainda 66 casos classificados como suspeitos e um total de 46.354 casos descartados.
Quanto ao perfil epidemiológico das infecções por Mpox no Brasil, os dados apontam que: 91,3% dos casos se concentram no sexo masculino, sendo que 70% dos homens diagnosticados com a doença têm entre 19 e 39 anos.
A idade mediana definida pela pasta é de 32 anos, com idades variando de 27 a 38 anos. Além disso, 3,7% dos casos foram registrados na faixa etária até 17 anos e 1,1%, entre crianças de até 4 anos.
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